Por Lucas Kurz

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Repercutiu nas redes sociais nos últimos dias duas ocorrências de fogo dentro de estruturas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Um deles, no Campus II, localizado na rua Almirante Barroso, ganhou mais destaque, quando um banheiro foi danificado, com as chamas atingindo a caixa de descarga. O outro, na Faculdade de Direito, culminou em alguns papéis queimados. Embora a situação cause preocupação na comunidade acadêmica, a Polícia Federal (PF), responsável por investigações que envolvem a instituição, acredita que sejam questões pontuais.

Mesmo com diversas publicações nas redes sociais associando os acontecimentos com questões políticas, devido à universidade acabar se tornando uma das pautas dentro do cenário eleitoral polarizado do país, a administração da UFPel evita fazer esta associação. "Se tem ligação ou não, não teria como dizer, acho que só a polícia pra tirar alguma conclusão desse tipo", comenta o pró-reitor administrativo, Ricardo Peter. A reitora, Isabela Fernandes, corrobora com as palavras do colega.

O delegado da Polícia Federal, Robson Robin, explica que o órgão acaba sendo residual para ocorrências que envolvem órgãos públicos, incluindo a UFPel. "Nós temos uma realidade da UFPel muito privilegiada, do perfil das ocorrências e da incidência." Ele cita um caso de ameaça neste ano, mas que acaba sendo algo pontual, considerando as tensões atuais.

A investigação continua, com perícia tendo sido feita no banheiro. "Até agora não tem nada substantivo que isso seja um movimento político ou organizado (...) nada surgiu. Os fatos são dinâmicos, mas não é algo que, para o momento, preocupe", aponta o delegado. Já o pró-reitor da UFPel diz que prefere aguardar o resultado da perícia para entender melhor o que ocorreu.

Entenda o caso
Na segunda-feira, por volta das 21h, identificou-se um princípio de incêndio na caixa de descarga em um dos banheiros do Campus II. As chamas foram controladas por servidores. A PF foi chamada, realizou perícia e boletim de ocorrência foi feito. Já na quarta-feira, pela manhã, foram identificados fragmentos de papel queimado no interior da Faculdade de Direito. Por não haver danos materiais ao local ou feridos, não foi realizada perícia.